Home |  Voltar |  A+ a-

Imóvel com prazo ampliado

Interessados na compra do imóvel, e que querem fugir dos altos juros dos financiamentos habitacionais, podem contar com novas regras do consórcio imobiliário da Caixa Econômica Federal. Os prazos foram ampliados e passaram de 60 ou 90 meses para 120 e 150 meses. O valor mínimo da carta de crédito foi aumentado, de R$ 20 mil para R$ 30 mil, com diferença de R$ 10 mil, e não mais de R$ 5 mil. Com as mudanças, as prestações ficaram mais leves para o consumidor, já que o prazo de pagamento dobrou de 60 para 120 meses, para financiamentos até R$ 50 mil.

Para uma cota de consórcio de R$ 30 mil, a parcela inicial será de R$ 380; da 2ª até a 4ª, o valor aumenta para R$ 394,14 e as demais recuam para R$ 319,14, no prazo de 120 meses (10 anos). "Apesar de o consorciado pagar o imóvel por mais tempo, o valor da parcela diminui bastante e, assim, ficou mais acessível para todos", explica Antônio Limone, diretor da Caixa Consórcios. "Com a redução do preço da prestação, esperamos diminuir ainda mais nossos índices de inadimplência, hoje em 6,33%", acrescenta ele.

O sistema não cobra juros e financia 100% do imóvel. A contemplação acontece por sorteio ou lance. Nesse caso, o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) poderá ser usado para conquistar o imóvel mais rápido. Atualmente, o sistema de consórcios responde por 25% dos imóveis financiados no País.

Em julho, havia 494.900 consorciados ativos, número 12,1% superior do que os 441.700 registrados no mesmo mês em 2007. É o 103º mês consecutivo de crescimento do setor.

Os dados são da Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios). "Ao planejar a formação do seu patrimônio, o brasileiro tem voltado sua atenção para o consórcio imobiliário. Por vincular um compromisso mensal, com parcelas adequadas, sem pagamento de juros, o sistema tem sido a escolha inteligente de poupança", explica o presidente da Abac, Rodolfo Montosa.

O valor médio das cotas está próximo a R$ 80 mil. "Atualmente, existem pouco mais de 63 mil cartas de crédito ainda não-utilizadas, totalizando R$ 5,1 bilhões", conclui Montosa.

Melhor dica é comparar taxas extras

No consórcio de imóveis, a correção é anual, por um índice de inflação, com reajuste das parcelas e do valor de crédito solicitado. Os consorciados pagam taxa de administração, que varia de 17% a 20% da carta, fundo de reserva e seguro. A recomendação é pesquisar essas despesas para verificar qual administradora ou banco oferecem os encargos mais baixos. Na Caixa Consórcios, por exemplo, a taxa é 17%, o fundo de reserva, 5%, e seguro, 0,038%.

Segundo a Abac, na modalidade não há saldo devedor (resíduo) no fim do contrato. O imóvel precisa estar regularizado, pois servirá de garantia para o grupo. É a forma mais acessível de se realizar o sonho da casa própria, no entanto, o bem não é adquirido de imediato. Outro benefício é que a compra é à vista  o que contribui para uma negociação mais justa entre as partes.

De acordo com a Abac, as contemplações totalizaram 34.300 no acumulado de janeiro a julho deste ano, 20,5% mais que as 28.500 do mesmo período de 2007. O Banco Central é órgão que regulamenta o segmento.

O Dia, Cristiane Campos, 09/set